
A Amazônia é um bioma rico e biodiverso, em que diversas frutas são consumidas pela população local desde a era pré-colombiana. Contudo, as propriedades biológicas de muitas dessas frutas precisam ser melhor compreendidas. Este é o caso do Solanum sessiliflorum (Dunal), popularmente conhecido como: cubiu, maná, maná-cubiu, tomate-de-índio ou cocona.
Os frutos do Cubiu podem ser usados para a produção de sucos, geleias, néctar, e na culinária, são usados para cozidos de peixes. O Cubiu é usado na medicina tradicional da Amazônia para tratar inúmeras doenças, incluindo o uso para reduzir o colesterol, ácido úrico e glicose no sangue.
Apesar de todas esse conhecimento popular acerca do Cubiu, ainda são raras as pesquisas cientificas sobre as propriedades positivas do Cubiu na saúde humana.
Diante deste contexto e levando em conta que doenças cardiovasculares e câncer são as principais causas de mortalidade no mundo, pesquisadores da FUnATI e da Universidade Federal de Santa Maria, sob a orientação dos professores Euler Ribeiro e Ivana Cruz, avaliaram o efeito do cubiu em células de câncer de mama e colorretal e em células do sangue humano para avaliar o efeito de proteção frente ao LDL-oxidado, que é a forma aterogênica da LDL (“colesterol ruim”), diretamente envolvida na lesão inicial e progressão de doenças ateroscleróticas.
Mesmo sendo um estudo inicial, os resultados são relevantes e sugerem que o extrato de cubiu possui moléculas antioxidantes bioativas importantes em sua composição que provavelmente contribuem para a proteção e manutenção da saúde das células que nos compõe, além de efeito de combate ao LDL-oxidado, o fruto apresentou um forte efeito citotóxico e anti-crescimento das células de câncer de mama e colorretal.
Assim estes resultados apoiam o uso potencial de Cubiu na produção de suplementos alimentares funcionais para benefício da saúde humana, além de beneficiar economicamente cadeias produtivas e coletores.